Fazer registros sobre a nossa vida e da nossa família é uma das formas de deixarmos um legado para nossa posteridade. Assim como aprendemos com os exemplos de pessoas e suas experiências relatados nas escrituras, podemos aprender com as pessoas da nossa própria família e seus exemplos, suas histórias de vida, de luta, de sacrifício e de sucesso.
Outro dia, quando eu e Young fomos à casa da minha avó Nilda, entre as muitas histórias que ela nos contou sobre sua família, ouvi falar de um caderninho do meu bisavô Cândido. Ao ver aquele caderninho, hoje muito gasto pelo tempo, com as páginas amareladas e a capa gasta, com algumas folhas ainda em branco, fico pensando o que ele sentia ao escrever suas recordações.
Naquele pequeno caderno, com uma caneta de pena, ele escreveu seu nome, o nome de seus pais, esposa e de cada um dos filhos, e as datas e os locais de nascimento, batizado, casamento e óbito de alguns dos filhos que faleceram ainda bebês. Graças à ele, hoje tenho um grande ramo da minha árvore familiar escrito.
Quando folheei aquela relíquia de família, pensei como eu gostaria de tê-lo conhecido e agradecer por deixar para nós aquele registro. De certa forma, eu o conheço. Através da minha avó, já com seus 88 anos e com uma memória incrível, posso conhecer meu bisavô Cândido. Descendente de portugueses, tinha olhos azuis, pele clara, cabelos claros. Casou-se aos 25 anos, com uma linda jovem chamada Cordulina com quem teve 14 filhos. Viveu boa tarde de sua vida em Vitória de Santo Antão, nos engenhos Jundiá e Oiti. Veio para Recife. Foi agricultor e comerciante...
Ao pensar no meu bisavô e no fato dele ter escrito dados tão importantes em seu caderninho, só posso sentir que ele queria que sua posteridade soubesse quem ele é. Sinto que ele queria que aquelas informações fossem preservadas. Como sou grata às minhas tias por terem guardado durante tanto tempo este tesouro.
Gostaria de compartilhar meu testemunho sobre a bênção que é poder conhecer meus antepassados e suas histórias. Do outro lado do véu, de alguma forma eles nos ajudam a encontrar os galhos que faltam para que a nossa árvore cresça. Fazer história da família para mim, é um prazer indescritível.
Gostaria de compartilhar meu testemunho sobre a bênção que é poder conhecer meus antepassados e suas histórias. Do outro lado do véu, de alguma forma eles nos ajudam a encontrar os galhos que faltam para que a nossa árvore cresça. Fazer história da família para mim, é um prazer indescritível.